De acordo com um novo estudo com mais de 75.000 adultos, as mulheres nessa faixa etária criam mais empatia do que homens da mesma idade e do que outras pessoas mais jovens ou mais velhas.
"No geral, os adultos de meia-idade foram os que mais pontuaram nos aspectos de empatia que medimos," disse Sara Konrath, pesquisadora e professora assistente do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan e co-autora de um artigo sobre idade e empatia que será divulgado na próxima edição do Jornal de Gerontologia: Ciências Psicológicas e Sociais.
"Eles disseram que provavelmente reagiriam emocionalmente às experiências dos outros, e que também estavam mais dispostos a tentar entender como as coisas funcionam olhando da perspectiva do outro".
Konrath e seus colegas, Ed O'Brien e Linda Hagen da U-M, e Daniel Grühn, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, analisaram dados de empatia de três grandes amostras separadas de adultos americanos, duas delas foram selecionadas da Pesquisa Social Geral, que é representada nacionalmente.
Eles encontraram evidências consistentes de um modelo em forma de U, no quesito empatia durante a vida adulta, com adultos mais jovens e mais velhos dizendo ter menos empatia e os adultos de meia-idade disseram ter mais.
Segundo O'Brien, estudante de doutorado em Psicologia Social na U-M, este modelo pode se desenhar por que o aumento dos níveis da capacidade cognitiva e a experiência melhoram o funcionamento emocional durante a primeira parte da vida adulta, enquanto os declínios cognitivos diminuem o funcionamento emocional na segunda metade.
Porém novas pesquisas são necessárias para entender se este modelo é realmente o resultado da faixa etária dessas pessoas, ou se é um efeito de gerações que reflete a socialização de adultos que agora estão nos últimos anos da meia idade.
"Americanos nascidos nos anos 1950 e 60 – grupos da meia-idade das nossas amostras – foram criados durante os movimentos sociais históricos, dos direitos civis a várias contraculturas anti-guerra,'" explicam os autores. "Pode ser que os adultos da meia-idade de hoje tenham mais empatia do que as pessoas com outra faixa etária porque eles cresceram durante os períodos de modificações sociais importantes que acentuaram as sensações e as perspectivas de outros grupos."
Uma pesquisa anterior feita por O'Brien, Konrath e seus colegas encontrou declínios em empatia e níveis mais altos de narcisismo entre os jovens de hoje comparando com gerações anteriores de jovens adultos.
O'Brien e Konrath planejam conduzir uma pesquisa adicional sobre empatia, para explorar se as pessoas podem ser treinadas para demonstrar mais empatia usando os novos meios de comunicação eletrônica, por exemplo.
"Considerando o papel fundamental da empatia na vida social diária e a sua relação a muitas atividades sociais importantes, como trabalhos voluntários e doações a instituições beneficentes, é importante aprender o máximo possível sobre os fatores que aumentam e reduzem a empatia," disse Konrath.
A pesquisa foi financiada pela Fundação Nacional de Ciências – através de uma bolsa de um programa de pesquisa oferecido à O'Brien -, por um programa da Associação Americana da Universidade das Mulheres e uma verba do Projeto Caráter, da Universidade Wake Forest dado à Konrath.
- Sara Konrath: http://www.sarakonrath.com/people.html
- Ed O'Brien: http://www.sitemaker.umich.edu/eob/home
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