Erik Homburger Erikson nasceu em Frankfurt, na Alemanha, em 15 de junho de 1902. Começou a vida como artista plástico e aos 25 anos foi lecionar em Viena quando passou a ter contato com a família Freud, em especial Anna Freud com quem começou a fazer análise. Ele começou a interessar se pela psicanálise em 1933, após completar a sua formação como psicanalista, foi eleito para o instituto de psicanálise de Viena.
Também em 1933 emigrou para os Estados Unidos onde iniciou a prática da psicanálise infantil em Boston, associando-se à faculdade de medicina de Harvard. Lecionou ainda nas universidades de Berkeley e Yale. Viveu nas reservas dos índios Sioux e as suas experiências pessoais em antropologia, muito citada nas suas obras, deram-lhe uma forte perspectiva social e um sentimento de desenraizamento.
Em 1936 Erikson transferiu-se para um centro de estudos de relações humanas a fim de pesquisar sobre a influência da cultura e da sociedade no desenvolvimento infantil. Como resultado dessa pesquisa formulou a teoria segundo a qual as sociedades criam mecanismos institucionais que propiciam e enquadram o desenvolvimento da personalidade. Na década de 1940, Erikson criou o modelo exposto na obra Infância e sociedade (1950). Publicou livros sobre Martinho Lutero, Gandhi e Hitler e escreveu ensaios em que relaciona a psicanálise com a história, política, filosofia e teologia.
Criador da expressão 'crise de identidade', as suas concepções revolucionaram a psicologia do desenvolvimento, continuando até os dias de hoje a incentivar estudos. Erik Erikson morreu em 1994, aos 92 anos de idade.
A sua teoria é bem mais flexível que a freudiana, pois para ele a personalidade não é imutável, padrões estabelecidos na infância são o tempo todo submetidos às novas experiências. Erikson afirmou que: "Se tudo tem inicio na infância, então tudo é culpa de outra pessoa, e assumir a responsabilidade por si mesmo é algo que já sofreu prejuízo”. Assim, na teoria de Erikson o indivíduo passa a ser corresponsável pelo seu próprio desenvolvimento.
Considerando o primeiro psicanalista infantil norte-americano ele escreveu ensaios que relacionam a psicanálise com a filosofia, a história, a política e a teologia. As suas concepções revolucionaram a psicologia do desenvolvimento e até aos dias de hoje motivam estudos e reflexões.
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